Artigo

Filhos adotivos

Por Liga Espírita Pelotense

A família é uma instituição divina. Sob a supervisão de Espíritos moralmente elevados, formam-se na espiritualidade os agrupamentos familiares. Allan Kardec elucida: "Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços da família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias".

Pais e filhos biológicos ou adotados não são almas estranhas umas às outras. Sabemos que o acaso não existe, o processo de ligação entre eles inicia na espiritualidade e, certamente, em encarnações anteriores. Pais e filhos adotivos são companheiros, prováveis membros da mesma família espiritual. Segundo esclarecimentos da espiritualidade, aqueles que aguardam a oportunidade da adoção, podem ser filhos que, em função do orgulho, em outras vivências, se tornaram tiranos de seus pais, pagando com ingratidão e dor a ternura e zelo paterno.

Como toda a relação onde prevalece o bom senso, a moral e o amor, os filhos adotivos devem saber a verdade sobre a sua situação, esclarecendo que o amor não nasce de um processo químico-físico e sim no coração das criaturas. Reforçando a importância do diálogo fraterno e sincero, o espírito André Luiz diz: "Filhos adotivos quando crescem ignorando a verdade costumam trazer enormes complicações, principalmente quando ouvem esclarecimentos de outras pessoas".

É sabido por todos que pais que desenvolvem o diálogo franco e sincero, com base no respeito mútuo, sob a luz da orientação cristã, fortalecem os laços afetivos, tornando a questão "adoção", como secundária. A adoção, além do caráter social, resulta em um amadurecimento dos sentimentos existentes nos membro da família que recebe o filho alheio. É ato de amor extremo, além da confiança de Deus na possibilidade de amar e ensinar, perdoar e auxiliar aos companheiros que retornam para hoje valorizarem o desvelo e a atenção que ontem não souberam fazer.

Os adotados trazem, no coração, muitas vezes, desequilíbrios passionais de outros tempos ou arrependimento doloroso para a solução dos quais pedem, ao reencarnarem, a ajuda daqueles que os acolhem, não como filhos do corpo, mas sim filhos do coração. Recebendo em nossos lares um filho adotivo, guardemos no coração a certeza de que Jesus está nos confiando à responsabilidade sagrada de superar o próprio orgulho e vaidade, amando verdadeiramente e desinteressadamente a criatura de Deus confiada em trabalho de educação e amparo. Amemos nossos filhos, sem cogitar se nos vieram aos braços pela descendência física ou não, como encargo abençoado que Deus nos presenteia.

Por fim, lembremos o espírito Emmanuel: "Recorda que, em última instância seja qual a nossa posição nas equipes familiares da terra, somos, acima de tudo, filhos de Deus".

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